segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Ciclo menstrual




Como ocorre o Ciclo Menstrual:


Tabela sobre o ciclo menstrual.

No início da puberdade, a glândula hipófise começa a secretar dois tipos de hormônios: O FSH (folículo-estimulante) e o LH (luteinizante). Cada qual exerce uma função nos organismos masculino e feminino. Na mulher, os efeitos no ciclo menstrual são os seguintes:

 

FSH: estimula a proliferação de células foliculares ovarianas e propicia a secreção de estrógeno, levando os folículos ovarianos (bolsas de líquido que contêm os óvulos ou ovócitos) a se desenvolver.
Aproximadamente no 7º dia do ciclo, a produção desse hormônio começa a diminuir. Com a sua falta, ocorre a interrupção do crescimento de alguns folículos, ocasionando a sua eliminação. Ou seja, a cada ciclo, de todos os folículos que começam a crescer, apenas um, ou raramente dois, se desenvolve até o fim e vai ovular.
Outro hormônio extremamente importante nesse processo, responsável por desempenhar algumas tarefas, é a progesterona. Ela preparara o útero para a aceitação do embrião, acentuando o espessamento do endométrio e revestindo o mesmo com vasos sanguíneos. Esse hormônio também aumenta o grau da atividade secretória das glândulas mamárias, preparando as mamas para a produção de leite. Ela inibe as contrações do útero, impedindo a expulsão do embrião que possivelmente será implantado ou do feto que já se encontra em desenvolvimento.Durante o crescimento do folículo, quantidades cada vez maiores do hormônio estradiol são secretadas. Esse hormônio feminino é responsável pela produção das seguintes alterações:

1) estímulo ao desenvolvimento do endométrio, tornando-se mais espesso e preparado para implantação do embrião;
2) estímulo à secreção de muco pelo canal cervical para se tornar receptivo ao espermatozoide.Assim que as quantidades de estradiol no sangue atingem níveis máximos, o endométrio também acompanha essa evolução, deixando o muco em excelentes condições para ser penetrado pelo espermatozoide.

Logo em seguida, outro hormônio é estimulado: O LH (luteinizante)

 LH: Estimula a ovulação, aumentando ainda mais a secreção das células foliculares. Quando esse hormônio atinge o nível máximo, algumas horas depois ocorre a ovulação. Detecta-se o período mais próximo da ovulação por meio de exames de urina, responsável por eliminar o hormônio LH secretado. Geralmente, esse período ocorre no 14º dia do ciclo menstrual, podendo também ocorrer  antes ou depois desse dia.
A menstruação é caracterizada pela descamação do endométrio formado e após os ovários reduzirem a secreção dos hormônios mencionados, seus estímulos são reduzidos, suas células morrem e descamam. O ciclo menstrual é contado a partir do dia de início da menstruação, não importando a sua duração média de 3 a 5 dias.

A fase anterior à menstruação é conhecida por período pré-menstrual. Essa fase pode vir carregada de alguns sintomas de menstruação.
Para mais detalhes sobre seu ciclo, caso ele seja regular, vale consultar a tabelinha para saber, aproximadamente, os seus dias férteis. Esse método é pouco preciso, sendo passível de erros, podendo resultar em uma gravidez inesperada ou a ausência dela. De qualquer maneira, sendo o período regular ou irregular, a consulta ao médico ginecologista é imprescindível.

Óvulo fecundado:Situação Hormonal

Quando o óvulo é fecundado , o embrião percorre a tuba uterina e se instala no endométrio ,configurando o que se chama "NIDAÇÃO"
O quadro hormonal ocorrente é semelhante ao observado nos dias que antecedem a menstruação, isto é,os níveis de FSH e estrógenos no sangue estão muito baixos ,e o nível de LH começa a reduzir .No entanto após a nidação ,certas células da jovem placenta -estrutura constituída de uma porção embrionaria e outra materna- produzem o "hormônio gonadotrofina coriônica" (HCG), que "substitui"fisiologicamente o LH. Isso mantém estimulaçao de progesterona pelo corpo líteo,fato que impede a menstruação  e evita o aborto.
O primeiro indício da gravidez ,portanto, é a suspensão do fluxo menstrual. Até mais ou menos o quartomês de gravidez, a única fonte de progesterona é o corpo lúteo ,estimulado pela gonatrofina coriônica.Por essa época ,o corpo lúteo regride ,e a placenta ,já completamente formada ,passa a produzir progesterona , garantindo a manutenção do endométrio até o fim da gravidez ,

Óvulo não fecundado:Situação Hormonal

Se o óvulo não for fecundado,tem-se o seguinte quadro hormonal:
1- Após a ovulação,o nível de FSH no sangue feminino torna-se muito baixo,já que a síntese desse hormônio é inibida pelos estrógenos. Em consequência,ocorre redução de estrógenos ,uma vez que é o FSH que estimula a secreção desses hormônios.
2- A redução no nível de estrógenos acarreta redução na síntese de LH .
3-Finalmente,a carência de LH determina o atrofiamento do corpo lúteo do ovário e diminuição do nível de progesterona no do sangue.Com isso ,parte do endométrio desliga-se do útero e é eliminda pelo canal vaginal ,juntamente com o sangue dos vasos rompidos na mucosa uterina.Inicia-se,portanto ,o fluxo menstrual,que indica a não ocorrencia de fecundação

Controle hormonal feminino

A regulação hormonal na mulher é muito diferente e mais complexa que a do homem. Na mulher, o desenvolvimento embrionário dos órgãos sexuais primários é estimulado pelos estrogénios. Já na puberdade os estrogénios são responsáveis pelo desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários, tais como o desenvolvimento e manutenção das glândulas mamárias, crescimento geral e regulação do ciclo sexual. O sistema reprodutor feminino funciona pelo sincronismo de dois ciclos: o ciclo ovárico e o ciclo uterino (ou ciclo menstrual). Ao contrário da espermatogénese, a oogénese e fenómenos associados ocorrem em ciclos periódicos de cerca de 28 dias, desde a puberdade à menopausa.

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A – desenvolvimento de folículos; B – níveis hormonais 1. FSH, 2. Estrogénio, 3. LH, 4. Progesterona.


A regulação hormonal dos dois ciclos ocorre de forma a que o crescimento do folículo e a ovulação estejam sincronizados com a preparação do endométrio para a potencial implantação de um embrião em caso de fecundação do óvulo, utilizando os mecanismos de retroacção negativa e positiva, que envolvem as hormonas hipotalâmicas (RH ou GnRH), hipofisárias (LH e FSH) e ováricas (estrogénios e progesterona). Para simplificar a sua compreensão, podemos dividir o ciclo sexual em 3 fases: fase pré-ovulatória, fase ovulatória e fase pós-ovulatória.
  • Fase pré-ovulatória: em cada ciclo sexual que se inicia, o hipotálamo segrega a hormona GnRH, que vai induzir a produção, na hipófise, de pequenas quantidades das hormonas LH e FSH. As células dos folículos primordiais imaturos com receptores activos para a FSH, mas não para a LH, são estimulados e crescem libertando estrogénio. O aumento dos níveis de estrogénio no sangue inibe a libertação de GnRH (ao nível do hipotálamo), que, por sua vez, inibe a produção das hormonas hipofisárias, por um mecanismo de feedback negativo. A maturação dos folículos em desenvolvimento, acelerada pela FSH durante a fase folicular, provoca um grande aumento na quantidade de estrogénio devido ao aumento das células foliculares. O efeito do estrogénio depende da sua concentração: em pequena quantidade inibe a secreção de gonadotropinas (LH e FSH) (retroacção negativa), ao passo que em grandes quantidades estimula a sua secreção, via acção hipotalâmica com produção de GnRH (retroacção positiva) (fig.4).
  • Fase ovulatória: os folículos possuem, agora, receptores para a hormona LH. O pico de concentração de LH, causado pela elevada concentração de estrogénio, promove a ovulação e a libertação do oócito II como consequência do rompimento do folículo ovárico.
  • Fase pós-ovulatória: as células foliculares que restam no ovário pós-ovulação, na presença da LH, transformam-se no corpo lúteo (ou amarelo). O corpo lúteo, durante a fase luteínica do ciclo ovárico, segrega estrogénio e progesterona, que exercem uma retroacção negativa no complexo hipotálamo-hipófise, inibindo a produção de GnRH, FSH e LH. Na ausência de fecundação, o corpo lúteo acaba por se desintegrar, ficando uma pequena cicatriz na parede do ovário. O atrofiamento do corpo lúteo provoca uma abrupta redução dos níveis das hormonas ováricas, que anula o efeito inibidor sobre o complexo hipotálamo-hipófise. Esta queda abrupta dos níveis hormonais causa a desagregação do endométrio – fase menstrual. Anulada a inibição a hipófise reinicia a segregação de FSH em quantidade suficiente para estimular o crescimento de novos folículos no ovário, dando início à fase folicular de um novo ciclo ovárico.

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Controle Hormonal masculino

Ainda durante o desenvolvimento embrionário, há produção de testosterona, a principal hormona masculina. Esta hormona é produzida pelas células de Leydig nos testículos por acção da hormona hipofisária lúteo-estimulina LH (hormona luteinizante , do inglês luteinizing hormone), responsável pelo desenvolvimento e diferenciação dos órgãos sexuais. A partir da puberdade, os níveis de testosterona aumentam, tendo como consequência o desenvolvimento dos órgãos sexuais primários (aumento do tamanho do pénis dos testículos, das vesículas seminais, da próstata e dos epidídimos) e dos caracteres sexuais secundários (aumento da pilosidade, mudança de voz, aumento da massa muscular e crescimento em geral) e início da espermatogénese.
A espermatogénese durará de forma ininterrupta o resto da vida e os níveis de testosterona no sangue são regulados pelo funcionamento do complexo hipotálamo-hipófise, num mecanismo de retroacção negativa (do inglês negative feedback). As hormonas gonadotrópicas, segregadas pela hipófise, regulam o funcionamento testicular, quer ao nível da espermatogénese quer da produção de testosterona. Destas hormonas destacam-se a folículo-estimulina, FSH (do inglês folicle-stimulating hormone) e a LH. O hipotálamo, por seu lado, produz as designadas hormonas de libertação, RH ou GnRH (do inglês releasing hormone ou gonadotropin-releasing hormone), que actuam na hipófise estimulando a produção da FSH e LH.
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Como agem os hormônios

As glândulas endócrinas sempre liberam os hormônios no sangue (ou na hemolinfa), porque eles atingem todas as células do corpo. Cada hormônio atua apenas sobre alguns tipos de células, denominadas células-alvo. As células-alvo de determinado hormônio possuem, na membrana ou no citoplasma, proteínas denominadas receptores hormonais, capazes de se combinar especificamente com as moléculas do hormônio. É apenas quando a combinação correta ocorre que as células-alvo exibem a resposta característica da ação hormonal.

Regulção Hormanal


A reprodução, na espécie humana, é controlada pelos sistemas nervoso e endócrino através da interacção entre o complexo hipotálamo-hipófise e as gónadas. O hipotálamo encontra-se ligado ao lobo posterior da hipófise e produz hormonas (hipotalâmicas) que estimulam a hipófise. A hipófise, ou pituitária, é uma glândula endócrina situada na base do encéfalo, na “sela turca”. As gonadrotopinas, hormonas produzidas na hipófise, controlam a síntese da maior parte das hormonas produzidas nas gónadas. As hormonas segregadas pelas gónadas são de natureza esteróide e podem ser agrupadas em três grandes grupos: androgénios, estrogénios e progestinas produzidas quer pelo homem quer pela mulher.